sábado, 30 de novembro de 2013

Fim de tarde no campo alegre

Está a cair a tarde de mais um dia, o último de Novembro, um dos meus meses preferidos. Amanhã já será Natal :)

Oiço a Clair de Lune de Debussy através duma playlist chamada Spotify, que descarreguei há momentos.

A música arrebatou-me em segundos e olhei lá para fora. O céu estava rosa escuro, as silhuetas das árvores negras num fundo indescritível.

Dizem que o céu vermelho é promessa dum dia seguinte igualmente belo.


Este outono - que para mim tem sido de trabalho intenso -  revela-se-me nestes fins de tarde, em que tudo fica quase irreal.

Oiço agora o Canon dePachelbel, que os meus 4 filho, nora e netos tocam juntos. Maravilhoso.

No facebook do meu filho mais novo surgiu uma foto dum amigo dele tirada há momentos na Ferradosa, esse lugar místico que já aqui descrevi. Alegra-me a ideia de que ele está acompanhado este fim de semana, mais um em que não pode vir ao Porto por ter processos acumulados e à espera de resposta. Sinto-me mais feliz por ele.

O meu filho mais velho manifesta-se no FB pela música, colocou o tal spotify para que todos possamos aceder a listas de música clássica e não só. Deleito-me a ouvir.

A minha filha foi ao Bazar do Colégio Alemão - tradição que se perpetua há mais de 30 anos. Daqui a pouco trará mais umas coisinhas engraçadas para encher a casa de espírito natalício.

Daqui a duas horas virá, então , o meu neto Daniel para ver comigo o jogo do Porto-Académica. Oxalá o FCP ganhe, senão temos lágrimas...

A vida é bela. estou só... mas tão acompanhada!
Oiçam e sintam-se em Paz.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

La Vie d'Adéle


Mais um filme falado em francês que vejo este ano.

Escrevo-o com grande prazer e sem qualquer espécie de pejo, já que na sua maioria, os filmes que vi me têm agradado muitíssimo.
Fui vê-lo sem ter lido absolutamente nada sobre o filme, o que é desde já excelente, pois colocados diante do écran numa sala quase vazia, estamos vazios de preconceitos, de ideias alheias ou de elogios fátuos. Estamos virgens perante as imagens e elas tocam-nos pela primeira vez.

O filme impressionou-me do princípio ao fim e considero-o um dos melhores que vi este ano a par de Moliére em Bicicleta e Dans la Maison, que também me encheram as medidas.
Ver filmes que não metem telemóveis nem cidades poluídas, que tratam gente como gente, na profundidade do seu carácter e no dramatismo das suas emoções, é sempre um prazer, ainda para mais adoçados com a bela língua de Vitor Hugo.
La Vie d'Adéle, com 179 minutos, poderia ser insuportável, não fora a delicadeza da realização e as interpretações magistrais das duas actrizes principais, que nos comovem do princípio ao fim. Com cenas explícitas de sexo talvez um pouco prolongadas para meu gosto, o filme é esteticamente belo como o rosto da adolescente, que cresce, ama, sofre e se torna mulher.

É um filme francês de drama, dirigido por Abdellatif Kechiche. Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013
Baseado no romance gráfico Le Bleu est une couleur chaude de Julie Maroh. Narra a história de amor entre Adèle (Adele Exarchopoulos) e Emma (Lea Seydoux).

Fui com a minha filha pelas 3 e depois jantámos no restaurante Serra da Estrela, antes das  7, um belo bacalhau com natas e um cheesecake de comer e chorar por mais. Há momentos felizes.

Fica aqui o trailer para quem tiver curiosidade:





segunda-feira, 25 de novembro de 2013

OUTONO

RUÍNAS

Se é sempre Outono o rir das primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!

E deixa sobre as ruínas crescer heras.
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino de Quimeras!

Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais altos do que as águias pelo ar!

Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... deixa-os tombar...
Florbela Espanca

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Quinto Poder

O Quinto Poder é a Internet, que, hoje em dia, representa uma força social espantosa.



Nem nós imaginamos como este écran pequeno, que contém o mundo inteiro de um forma acessível a quase todos, nos pode tornar vítimas, dependentes ou mesmo "bullies".
Tudo é possível porque os homens já perderam o controlo da net há muito e todos temos esqueletos nos armários...

Fui ver o filme porque as relações da net me interessam muitíssimo desde há muito. Começou nos foruns, onde descobri a maldade que está por detrás de pessoas anónimas, nicks infernais que se divertem a perseguir-nos só por gozo. Essas pessoas anónimas são gente como nós com um poder enorme que lhes vem do anonimato. Podia dar exemplos, mas contenho-me.

O filme trata do caso verídico chamado "Wikileaks" e do papel do australiano Julian Assange, que ousou publicar na Internet documentos privados dos serviços secretos americanos sobre as guerras do Afganistão e do Iraque, crendo que seriam do interesse público e que estaria a salvo pelo facto de ser estrangeiro. Enganou-se e vive neste momento na Embaixada do Equador em Londres, onde pediu asilo político para não ser extraditado para a América.


O filme não tem grandes críticas, mas é interessante e oferece uma panorâmica vertiginosa da evolução do fenómeno que é a net. Faz lembrar A Rede Social, que também se centrava num geek, que, com boas intenções, acabava mal.

O filme levanta questões fulcrais sobre a liberdade de imprensa - neste caso da net - e o que é permitido ou não publicar e que segurança oferece a quem ousa revelar os segredos e políticas dos manda-chuvas deste mundo. Os Americanos que se consideram a democracia mais "democrática" do mundo alarmaram-se com a "coragem" dum indivíduo e temeram a repetição em bola de neve. Prometeram vingar-se, mostrando quem é que manda no planeta, procurando os culpados e condenando o soldado que vendeu a informação considerada altamente secreta. Mas ainda não conseguiram apanhar o divulgador de toda essa informação.

Assange nunca mais vai saber o que é viver em liberdade.


Fica aqui o trailer para quem estiver interessado.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

As Artes

Hoje resolvi dar a chamada volta ao quarteirão para apanhar uma réstea de sol neste dia lindo mas frio e admirar como sempre estas ruas que ladeiam a do Campo Alegre - António Cardoso e Ruben A - ruas de outros tempos, que nos lembram também personalidades carismáticas, como Sophia e seu primo, que ainda conheci na FLUL e cujo filho foi meu aluno no Liceu Pedro Nunes.

As casas são bonitas, apalaçadas,  rodeadas de jardins com muros cada vez mais altos e alarmes,
árvores centenárias, trepadeiras, ramos retorcidos,  portões de ferro forjado, janelas altas, sotãos misteriosos...em que se imaginam vidas...

Fico sempre a pensar quem terá sonhado nestas casas, como era o dia-dia nesse tempo, o que resta da burguesia do Porto. Cada vez há mais gente a emigrar daqui para a Foz ou para zonas mais protegidas, mas enquanto mantiverem algumas destas casas, teremos a ilusão de que se não perdeu tudo e que a crise não afecta todos.



Há cerca dum mês, abriram a Casa das Artes ao público e voltei lá hoje.O sol já baixo incidia na parte cimeira da casa e iluminava os frescos e as janelas. O lago  do lado sul, que nunca tinha visto com água, reflectia tudo o que o rodeia: a casa e as inúmeras árvores - seis ou sete laranjeiras carregadas de frutos - indiferente às folhas que caíam e ficavam a flutuar à tona, numa espécie de paz zen, que durará até chover.



Já me tinha esquecido que as árvores deste jardim eram tão especiais. Datam da mesma época das do Jardim Botânico, mas


parece estarem ali para uma boda, numa sala de visitas atapetada a dourado. Os banquinhos de azulejo rimam na perfeição com este quadro. É um jardim maravilhoso...e fica a 5 minutos a pé da minha casa.

O cinema-estúdio, construído por Souto Moura e galardoado com o Prémio Sécil, permanece e está aberto ao público. O congresso sobre o património começará daqui a dias. Será que tudo vai renascer?

Vim depois à volta pela Rua da Venezuela, já mais urbana e menos residencial, passando pelo BB Gourmet, onde me deliciei com um creme de camarão ( às 4 da tarde) e li o Público, como se fora na biblioteca....

A isto chama-se qualidade de vida. Apesar de, neste mês, me terem espoliado em mais de dois mil euros, só em taxas e IRS. Um verdadeiro roubo.

Mas tudo isso não chega para me tirar a paz e a certeza de que enquanto puder gozar destes pequenos prazeres, sou FELIZ.


Fica aqui um texto sobre a Casa das Artes escrita em 2005, quando ainda se entrava pelo portão do fundo, que depois foi fechado durante este últimos anos. O site tem fotografias lindíssimas do jardim e vale a pena visitar.

A Casa das Artes fica situada na Rua António Cardoso, no seio da que foi, e ainda é, uma das zonas mais selectas do Porto no virar do Século XIX para o XX e onde as mais abastadas e influentes famílias portuenses tinham as suas residências. Entre essas famílias os nomes mais sonantes são os Andresen, os Allen e os Burmester e as casas eram à data Quintas nos arredores do Porto.

A Casa das Artes era pertença dos Allen, que tal como os outros eram grandes interessados em coleccionismo botânico e graças aos quais temos hoje no Porto diversas colecções sem par no panorama português. A casa dos Andresen, a título de curiosidade, é hoje o Jardim Botânico da Faculdade de Ciências do Porto.

Esta casa, foi nos anos 90 pertença da Secretaria de Estado da Cultura, tendo o Souto Moura construído nos terrenos da casa um Centro Cultural premiado em 1992 com o Prémio Secil de Arquitectura.

Nos últimos anos, a SEC saíu do local passando o mesmo para posse da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, que à boa maneira portuguesa, "tomou posse" e fechou o jardim ao Público. 


No entanto, aparentemente, "alguém" abriu o portão das traseiras pois encontra-se aberto e sem vigilância, logo à mercê do vandalismo... A casa, fechada, mostra já sinais evidentes de degradação. O futuro do espaço é portanto uma incógnita o que é uma pena já que tanto a casa como o jardim, conhecido por possuir um dos maiores Tulipeiros (Liriodendron tulipifera) do país são merecedores de uma visita atenta.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=505451


domingo, 17 de novembro de 2013

O outono das nossas vidas em Serralves

Mal refeita do banho de beleza que me foi oferecido nas 4 e 5ªfeira passadas, hoje tive o privilégio de ir a Serralves com o meu ex- e a nossa filha depois dum almoço buffet com a família toda no Hotel Ipanema Park , onde se come maravilhosamente.


Serralves não existe. 

É daqueles lugares, onde tudo é tão superiormente belo e acabado que os nossos olhos quase não acreditam no que vêem.

O equilíbrio, a luz, as sombras, os gestos, os silêncios têm sempre espaço em Serralves.

Não se acredita que estamos no meio da cidade, não se percebe como é que um espaço daqueles é nosso por um euro e meio ( seniores).

O contraste entre  serralves e um parque público qualquer está no modo como as pessoas se moldam ao civismo, à cultura e ao respeito pelo que é bonito. Anda-se durante horas sem ver um papel no chão, uma lata abandonada, papeis de rebuçados ou pontas de cigarro. E é domingo, dia das famílias, com entrada grátis até as 13 horas! Não entram cães, nem gatos....mas há borboletas,  cisnes , bois, carneiros e outros exemplares, em zona própria e com cuidados próprios.
Serralves é belo.

Serralves é o mundo das árvores, é difícil encontrar tanta espécie arbórea diferente em áreas relativamente pequenas.

Neste momento há vários painéis na alameda dos plátanos, contando a história de Serralves com fotografias e texto sobre a evolução do espaço. Muito interessante e um motivo de orgulho para os tripeiros.

Não posso andar muito, de modo que me fiquei pela zona superior, onde havia pouca gente e o silêncio era realidade.
Apetecia-me deitar na relva verde, como fiz no verão com a minha filha e ficar ali a olhar para o céu ou para a copa das árvores que se curvam e beijam em catedral. Mas a relva estava húmida e o tapete dourado de folhas não se podia desmanchar.

Foi bom celebrar o nosso aniversário assim...as recordações são imensas, a nostalgia tridimensional, mas a ternura subsiste e o amor também. E o que é, afinal, o amor sem a liberdade?


You shall be together when the white wings 
of death scatter your days. 


Aye, you shall be together even in the 
silent memory of God. 



But let there be spaces in your togetherness, 


And let the winds of the heavens dance between you.

Love one another, but make not a bond of love. 

Let it rather be a moving sea between 
the shores of your souls. 



Fill each other's cup but drink not from one cup. 


Give one another of your bread but eat not from the same loaf. 



Sing and dance together and be joyous, 
but let each of you be alone, 



Even as the strings of a lute are alone 
though they quiver with the same music. 



Give your hearts, but not into each other's keeping. 
For only the hand of Life can contain your hearts. 



And stand together, yet not too near together. 


For the pillars of the temple stand apart, 



And the oak tree and the cypress 
grow not in each other's shadow


Kahlil Gibran - The Prophet
.






!V - O cais da Ferradosa

Há quem diga que não vale a pena ir a S. João da Pesqueira pela Ferradosa, que é preferível sair na Régua e apanhar um taxi, encurtando a viagem em quase uma hora.
Fazê-lo, quanto a mim, seria um crime de lesa-douro, lesa-paisagem, lesa-alma, lesa-tudo. Porque o percurso da Régua à Ferradosa é uma viagem pelo sonho, pela Natureza mais sublime, um verdadeiro bálsamo para o espírito e para os olhos. Tem um significado simbólico para mim.

Percorremos uns 30km numa hora, mas essa hora é divinal, sobretudo se formos sozinhos à janela e não desfitarmos os olhos do que corre na nossa frente.

Não sei descrever como me senti grata nestes dias. Grata a Alguém que me proporcionou uma experiência magnífica numa altura difícil da minha vida, em que o meu estado físico me impede de realizar muitos dos meus sonhos.

Contemplar paisagens que pensamos não existirem antes de as vermos com os nossos próprios olhos é uma dádiva. Sinto-me grata por viver....e por não saber o que me espera daqui a um ano, como não sabia, há um ano, que, nestes dias, iria festejar o nascimento do meu filho mais novo numa terra tão longe quanto bela.


Também não sabia há 40 anos quando me casei ( no dia 17 de Novembro de 1973) que  me viria a separar vinte e nove anos mais tarde.
Sabia, apenas, com a mesma certeza que sei hoje,  que nunca me separaria do meu ex- em espírito porque foi a sua inteligência, a sua cultura,  a sua curiosidade perante as coisas e o modo de avaliar o mundo com realismo e frieza que me levaram a apaixonar por ele, naquela viagem já há quase 50 anos. Nesse Agosto de 1965,  pensei que ele estava a anos luz de mim, uma adolescente meia insegura e um pouco carente.
Afinal tínhamos ambos só 19 anos.

O cais da Ferradosa é, simbolicamente,  como o meu casamento. Algo sublime que permanece intacto no que é essencial. Uma beleza intocável que nos ligará para toda a vida. Mesmo que vivamos separados no nosso dia a dia.

Haverá sempre uma ponte de ferro verde de esperança a unir-nos. E o sorriso da nossa filha a abençoar-nos, dando-nos a certeza de que o que fizémos os dois valeu a pena.




Si je te quittes nous nous souviendrons
En te quittant nous nous retrouverons.

Paul Éluard ( 1895-1958)

sábado, 16 de novembro de 2013

25.000 visitas




OBRIGADA!

III - São Salvador do Mundo


Imaginem-se num cenário de montanha e campo quase virgem, onde cada pedacinho de terra constitui, em si mesmo, uma riqueza e uma beleza incalculável...
Imaginem os contrastes entre os vinhedos, vermelhos, amarelos ou castanhos, desdobrando-se em socalcos até a vista alcançar.
Imaginem um local onde se respira o ar mais puro da serra e se ouve a água a jorrar duma fonte pequenina, mas suficiente para nos mitigar a sede.

Imaginem fragas de todas os tamanhos e feitios, enormes lapas coladas pelo tempo e forradas a musgo dum verde esmeralda.

Imaginem uma vista de cortar a respiração, montes trás de montes, cobertos pela neblina, azulados, vermelhos, verdes e amarelos. E lá em baixo o nosso Douro azul, serpenteando por entre os vales, pedaço de céu reflectido na terra quente vinhateira.

Imaginem que este cenário se povoa de capelinhas e ermidastodas semelhantes, brancas de neve, com cimalhas de telha bem alaranjada, cruzes de granito e pequenos santuários com imagens de Cristo ou de Nossa Senhora, flores e velas já gastas.

Imaginem, no meio disto tudo, um silêncio absoluto, sem qualquer vestígio sonoro de civilização, nenhum vento, o sol quente já outonal, esgueirando-se por entre as árvores e jorrando em pleno os seus raios no branco cal das ermidas.


Imaginem, se puderem, através das minhas fotos, o que foi esta experiência sublime, naquela tarde de 4ª feira, quando em boa hora propus ao chauffeur de taxi, que nos fora buscar à estação da Ferradosa, conduzir-nos ao local mais belo da região: o miradouro de São Salvador do Mundo.
Ficaria ali toda a tarde, se o meu joelho não começasse a queixar-se das subidas e descidas a pé por escadas e escadinhas, rochas e caminhos....

Fica aqui alguma informação mais precisa dum blogue sobre o local:

Situado na estrada que segue de São João da Pesqueira em direcção à Barragem do Cachão, e a cerca de 5km de distância da vila, encontra-se este Miradouro composto por um conjunto de dez Ermidas do século datadas maioritariamente do XVI. 


As Ermidas compõem os Passos da Paixão de Cristo e no dia de Corpo de Deus realiza-se uma bonita romaria e festejos. No interior têm esculturas policromadas representativas de cenas da Paixão de Cristo, popularmente apelidadas de “judeus“. 
Diz-se que dentro de uma pequena gruta aqui viveu e morreu Frei Gaspar (1594 - 1615). 

Daqui a vista é magnífica, com o Douro a perder de vista, cortando as Serras que se dispõem no horizonte, sobranceira à barragem da Valeira. 
O Miradouro é tradicionalmente procurado por raparigas que querem casar, dizendo a lenda que, ao dar um nó nas muitas giestas que por ali existem, vão encontrar facilmente um bom homem para casar. 









sexta-feira, 15 de novembro de 2013

II - São João da Pesqueira

O Tribunal
Fica no coração do Alto Douro vinhateiro,  área demarcada do vinho do Porto e vinhos do Douro,  a maior em termos do cultivo da vinha de Portugal.
ruela antiga
casas de habitação
O concelho é grande e estende-se por montes e vales onde se pode ver toda a espécie de cultivo desde morangueiros a cerejeiras, laranjeiras, que trepam pelos socalcos dos penhascos atapetados de vinha das mais variadas castas e cores, sendo um regalo para a vista e um enorme orgulho para o Saojoanenses que adoram a sua terra e receiam vir a perder população e o interesse turístico com a extinção do seu tribunal no próximo ano, do centro de saúde que já se realizou e por fim das escolas, onde as crianças e jovens aprendem a amar a sua terra.

A vila é airosa, bem conservada e muito clara com uma parte antiga, onde se podem ver edifícios lindíssimos na Praça da República e na Avenida Marquês de Soveral, onde ficam duas igrejas e a Biblioteca. O Tribunal, um palacete antigo brasonado, é um dos edifícios mais belos da vila.

Janela com varanda de ferro forjado
Da Wikipédia:

São João da Pesqueira é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 2 200 habitantes e a 850 metros de altitude.
É sede de um município com 267,56 km² de área e 7 874 habitantes (2011), subdividido em 14 freguesias. O município é limitado a norte pelo Douro e
o município de Alijó, a nordeste por Carrazeda de Ansiães, a leste por Vila Nova de Foz Côa, a sueste por Penedono, a sul por Sernancelhe, a oeste por Tabuaço e a noroeste por Sabrosa
Rua do Arco

Vila do vinho generoso (vinho do Porto), considerada o Coração do Douro Vinhateiro, na região demarcada do Douro, criada pelo Marquês de Pombal que viveu na Pesqueira quando era novo. 


Painel de azulejo da Igreja de Trevões
Campanário
 S. João da Pesqueira tem lindas paisagens e um espectacular miradouro acima da barragem da Valeira chamado São Salvador do Mundo (Ermo) com capelas, e muito antigo.  Trata-se do mais antigo concelho do país, datando a sua criação de 1055, precedendo assim todos os outros concelhos, incluindo cidades tão importantes ao tempo da fundação como Coimbra, Guimarães ou Lamego.


Do site da Câmara Municipal:
As paisagens da região, sucessão infinita de encostas rasgadas em socalcos que os homens desenharam, surpreendem pela grandeza e convidam a uma viagem através da história.

Este povoamento remonta a tempos ancestrais, prova disso são os inúmeros vestígios arqueológicos existentes por todo o concelho, para além dos palácios brasonados, das igrejas seculares abonadas em história e cultura que testemunham diferences épocas da história. Para além de todo o património edificado esta terra orgulha-se de possuir belíssimas paisagens com os vinhedos como marca dominante, as amendoeiras em flor como um espectáculo de Inverno e o rio Douro como raiz e identidade.